Memória, atenção e funções executivas: por que avaliá-las?

Muitas vezes ouvimos falar sobre memória e atenção como se fossem capacidades simples, mas, na prática clínica e neuropsicológica, elas fazem parte de um conjunto muito mais amplo e sofisticado chamado funções cognitivas. Entre elas, estão as funções executivas, responsáveis por planejar, organizar, iniciar e monitorar comportamentos. Avaliar essas áreas é fundamental para compreender como cada pessoa funciona no dia a dia e quais fatores podem estar dificultando sua autonomia e qualidade de vida.

O que são memória, atenção e funções executivas

  • Memória: não é apenas a lembrança de fatos, mas também a memória de curto prazo, de trabalho e a capacidade de aprender novas informações.
  • Atenção: envolve manter o foco, alternar entre tarefas, selecionar estímulos relevantes e resistir a distrações.
  • Funções executivas: são como o “centro de comando” do cérebro. Incluem planejamento, tomada de decisão, controle inibitório, organização e flexibilidade cognitiva.

Essas funções trabalham juntas para que possamos estudar, trabalhar, cumprir prazos, manter relacionamentos e lidar com imprevistos.

Por que avaliar essas funções

Avaliar memória, atenção e funções executivas é essencial em diferentes contextos:

  • Dificuldades acadêmicas ou profissionais: quando há queixas de esquecimento, desatenção, baixa produtividade ou problemas em manter rotina.
  • Transtornos do neurodesenvolvimento: como TDAH e TEA, que frequentemente envolvem alterações nessas áreas.
  • Condições neurológicas: após traumatismos cranianos, AVCs, epilepsia, uso crônico de substâncias ou suspeita de demência.
  • Saúde mental: depressão, ansiedade e burnout também podem prejudicar o funcionamento cognitivo.

A avaliação ajuda a identificar se os sintomas são pontuais, se fazem parte de um quadro clínico mais amplo ou se estão ligados a fatores emocionais.

O que a avaliação possibilita

Com os resultados, é possível:

  • Identificar pontos fortes e fragilidades cognitivas.
  • Propor estratégias de intervenção personalizadas.
  • Oferecer orientações práticas para o dia a dia.
  • Apoiar decisões acadêmicas, profissionais e médicas.

Assim, a avaliação neuropsicológica vai muito além de testes: ela transforma dados em informações aplicáveis à vida real.

Conclusão

Memória, atenção e funções executivas são pilares do nosso funcionamento cotidiano. Quando avaliadas com rigor científico, oferecem clareza sobre dificuldades percebidas e apontam caminhos para melhorar desempenho, autonomia e bem-estar.

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