Nos últimos anos, a avaliação psicológica online deixou de ser apenas uma alternativa emergencial, como foi durante a pandemia, para se tornar uma modalidade consolidada, regulamentada e cada vez mais procurada. No caso de investigações diagnósticas de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e TEA (Transtorno do Espectro Autista) em adultos, o formato remoto ainda desperta dúvidas: será que é confiável? Os resultados têm o mesmo valor de uma avaliação presencial?
A resposta curta é: sim, desde que o processo siga critérios técnicos, éticos e metodológicos equivalentes aos da prática presencial.
Uma avaliação psicológica, seja presencial ou virtual, é confiável quando segue um protocolo estruturado, utiliza instrumentos validados pelo CFP e é conduzida por uma profissional qualificada. No contexto online, há cuidados adicionais que tornam o processo seguro e tecnicamente sólido:
Quando esses critérios são seguidos, a validade dos resultados é equivalente à da avaliação presencial.
O que não muda é o rigor técnico: o processo de anamnese, coleta de dados, análise e devolutiva é o mesmo.
O que muda é a forma como a interação acontece. No ambiente online, algumas vantagens são evidentes:
Por outro lado, o psicólogo precisa estar atento a fatores contextuais — distrações do ambiente, estabilidade da internet, e necessidade de checar a autenticidade das respostas — para garantir a fidedignidade dos resultados.
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) autoriza a realização de avaliações psicológicas online desde a Resolução CFP nº 11/2018, atualizada durante e após o período pandêmico. Essa normativa estabelece que o psicólogo pode realizar atendimentos, entrevistas e aplicação de instrumentos de forma remota, desde que utilize ferramentas seguras e preserve o sigilo das informações.
Portanto, do ponto de vista legal e ético, a avaliação online é plenamente válida.
Tanto o TDAH quanto o TEA em adultos demandam avaliações complexas e integrativas, que vão além dos testes.
É necessário compreender o funcionamento global do indivíduo: histórico escolar, padrão de pensamento, traços de personalidade, autorregulação emocional e funcionamento social.
Por isso, mais importante do que o formato (online ou presencial) é o profissional que conduz o processo.
Um avaliador experiente saberá diferenciar traços sobrepostos, identificar diagnósticos diferenciais e integrar os dados de forma precisa — algo que nenhuma plataforma automatizada é capaz de fazer.
A avaliação online de TDAH e TEA em adultos é confiável, válida e reconhecida oficialmente, desde que realizada com o mesmo rigor técnico de uma avaliação presencial. O formato digital amplia o acesso, mantém a qualidade e possibilita que mais pessoas compreendam seu próprio funcionamento cognitivo e emocional.
Em última análise, o que torna o processo confiável não é o meio — é a metodologia e a competência clínica de quem o conduz.
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