Quando o assunto é avaliação psicológica para TEA (Transtorno do Espectro Autista) e TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) em adultos, circulam muitas ideias equivocadas. Esses mitos acabam atrasando diagnósticos, gerando insegurança e dificultando o acesso a suporte adequado. Esclarecer o que é verdade e o que é mito é essencial para que mais pessoas busquem ajuda com segurança e clareza.

Mito 1: “Avaliação é só preencher questionários online”

Verdade: questionários de triagem podem ser úteis, mas não substituem a avaliação clínica completa. Uma investigação séria envolve entrevista detalhada, histórico de vida, aplicação de testes padronizados e análise integrada dos dados.

Mito 2: “Se eu consegui chegar até a vida adulta, não tenho TDAH ou TEA”

Verdade: muitas pessoas chegam à vida adulta com sintomas mascarados por estratégias de compensação, suporte familiar ou ambiente estruturado. O fato de alguém ter estudado, trabalhado ou formado família não exclui a possibilidade de um diagnóstico.

Mito 3: “Avaliação serve apenas para dar um laudo”

Verdade: o laudo é apenas uma parte do processo. A avaliação fornece autoconhecimento, identifica pontos fortes e fracos, orienta adaptações no trabalho, nos estudos e nos relacionamentos, além de servir como base para psicoterapia ou acompanhamento médico.

Mito 4: “Avaliação online não é confiável”

Verdade: quando realizada por psicólogo habilitado, com protocolos éticos e instrumentos validados, a avaliação online é tão confiável quanto a presencial. A regulamentação do Conselho Federal de Psicologia garante a validade do processo.

Mito 5: “Somente médicos podem diagnosticar TDAH ou TEA”

Verdade: tanto psicólogos quanto psiquiatras podem avaliar e diagnosticar. No caso do psicólogo, a avaliação neuropsicológica é o caminho técnico para identificar essas condições com rigor científico.

Conclusão

Desfazer mitos e compreender as verdades sobre a avaliação de TDAH e TEA em adultos é fundamental para combater estigmas e ampliar o acesso a diagnósticos de qualidade. Avaliar não significa apenas “receber um papel”, mas sim compreender profundamente o funcionamento cognitivo e emocional para tomar decisões mais conscientes sobre a própria vida.